domingo, 27 de maio de 2012

Bem-vindo Centauro!

Tem vivido preso em becos sombrios nas montanhas, agarrado a solidão, preso dentro de si mesmo. Atormentado por incertezas e medos. Corre para esquecê-los, muitas vezes sem direção. Desatinado, sem ponto de chegada, outrora se esquece do ponto de partida. Uma busca incansável de si, dos outros, da verdade. Preso na própria corrida.
Tolo com um nobre coração, seu esforço desmedido para enxergar acaba o cegando.
Precisa organizar sua mente congestionada, nortear seu foco desfocado, abrir frestas em seu labirinto sem saída. Resgatar sua força, sua esperança, sua vitalidade. Desvirar a versão que ele próprio inverteu de sua imagem.
Deixar sua alma ser liberta, para que possa correr de verdade. Que possa transformar sua existência em vida, e que finalmente ande pelas estradas de Tessália, colhendo seus cogumelos, assoviando canções puras, escrevendo poesias e por fim convertendo seus medos em amor.

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Estive há muito tempo fugindo do chamado, mas me rendi. Não dá pra se esquivar dos amores verdadeiros, das paixões deliberadas e nem do que te proporciona sonhos. Fingir é fácil, mas te seca o coração. E é dolorido ter a alma presa, quando todo seu corpo e mente clamam por liberdade. Então, vou quebrar cada corrente que vem me secando, que vem me prendendo, e irei encontrar a plenitude por meio das prosas, contos e poemas. Vou finalmente corresponder ao meu amor verdadeiro. Então fico grata, de poder e saber que serei feliz escrevendo. Um cogumelo ao Centauro, e uma caneta à mim, e que comece nossa trajetória.
Dedico esse texto à todos que me incentivaram a construir/sair do caos escrevendo. E principalmente, ao Peter que desenhou com muito carinho para o blog e Arianne que me ajudou a personalizá-lo. Chá de cogumelo a todos vocês.

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